� Cara! Voc� n�o pode imaginar o sucesso que fazia esse carro � me dizia o F�bio diante de um Chevrolet Bel Air 1957, convers�vel, branco e vermelho, aquele discreto rabinho de peixe, interior vermelho e branco.
� Imagino, sim � respondi. Ele nunca deixou de fazer um tremendo sucesso. Tudo continua parando pra ele passar.
Pois �, num dado momento, as nuvens no c�u se abriram e um facho de luz iluminou o sujeito que o desenhou. Uma inspira��o s� poss�vel dentro de determinada conjun��o de fatores. Uma janela no tempo. Algo aconteceu que nunca voltar� a acontecer.
No mesmo dia calhou de eu come�ar a ler o livro de mem�rias do Marcello Mastroianni, grande ator italiano � cuja maior gl�ria, a meu ver, foi ter sido amante da Catherine Deneuve � e l� ele cita que lembrava perfeitamente do sil�ncio que tomou conta do restaurante Chez Maxim�s de Paris quando o Gary Cooper entrou de summer branco. Tamb�m tudo parou, inclusive o Mastroianni. E tinha mesmo que parar. Classe � classe. Tira-se o chap�u e deixa passar, e boa.
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